Santa Teresa é uma cidade com muitos pontos turísticos, que podem ser encontrados em toda a cidade como: vinícolas e lojas de trabalhos artesanais e uma praça muito linda e repleta de flores. No entanto o objetivo de nossa visita era conhecer o Museu de Biologia Professor Mello Leitão localizada no centro da cidade, no qual possui um acervo de 40.000 exemplares, entre amostras de plantas e de animais. A viagem aconteceu no dia 16 de setembro de 2012, na qual estavam presentes as turmas 4° A e 4° B do curso de Pedagogia, um trabalho realizado para a disciplina Conteúdos e Metodologia das Ciências, acompanhada pela professora Adriana Vieira de Souza e organizada pelo coordenador do curso Anderson Mendes Batista. A visita aconteceu ás 13:00 horas da tarde de domingo e foi guiada pela monitora Kêmilly.
O Museu Mello Leitão foi fundado em 26 de junho de
1949 pelo naturalista capixaba Augusto Ruschi, seu nome é em homenagem ao zoólogo
Cândido Firmino de Mello Leitão , importante pesquisador brasileiro e amigo
pessoal do fundador. Além disso Ruschi é considerado o Patrono da Ecologia no Brasil e um ícone da luta pela preservação do meio ambiente. Teve papel importante contra o desmatamento e do alerta sobre o impacto ambiental causado pelas indústrias. Após a década de 70 em defesa da natureza enfrentou o governador do Espírito Santo, impedindo-o de instalar uma fábrica de palmitos enlatados na Reserva de Santa Lúcia, aumentando ainda mais seu legado.
O Museu foi instalado na Chácara Anita, de propriedade do
fundador e tem como objetivo coletar, estudar, preservar e expor exemplares de
plantas e animais, principalmente da Mata Atlântica. Hoje sua casa se tornou uma biblioteca e seus principais trabalhos estão reunidos nos livros Aves do Brasil e Os Beija-flores do Espírito Santo.
O
interessante era a presença de beija-flores, considerados os animais preferidos
do naturalista Ruschi. E por isso o beija-flor Topete Vermelho torno-se símbolo do
museu. Augusto Ruschi ficou famoso por colecionar esse tipo de pássaro a ponto de se tornar um dos maiores especialistas mundiais no assunto. A coleção de beija-flores são aproximadamente 1700 exemplares, animais esses brasileiros da própria região e de diferentes espécies. Santa Teresa é também chamada de Beija-flor do Espírito Santo, terra dos colibris.
No início do
passeio pelo museu observamos um canhão, a original árvore Pau-Brasil e a estátua
da face de Augusto Ruschi. Logo a frente observamos a árvore de Palmito Doce,
uma âncora de navio e vestígios de um eucalipto.
O museu dentre as amostras de árvores possui: o orquidário que funciona para exposição e o jardim rupestre, com vegetação adaptada a lugares pedregosos, é constituído de espécies de plantas nativas do Espírito Santo, com espécies de bromélias, orquídeas e cactos. Além de amostras de plantas possui viveiros de animais: como araras, maritacas, papagaios, jacu e sagüis, animais que permanecem no museu por não terem condições de readaptação ao meio natural. Um ofidário com diversos exemplares de serpentes vivas peçonhentas e não-peçonhentas, para que os visitantes conheçam as diferenças entre algumas espécies brasileiras, o Pavilhão de Ornitologia, com diversas espécies de aves e animais brasileiros empalhados, principalmente aves encontradas na Mata Atlântica do Espírito Santo, os pavilhões de Botânica e Zoologia, as Epitáfias são plantas que utilizam os outros vegetais como suporte, sem parasitá-los, coleção viva de plantas nativas da Mata Atlântica, o viveiro de tartarugas e um viveiro para reabilitação de animais considerado estressados.